A Argentina conquistou sua segunda vitória e, acima de tudo, apresentou uma melhora de posicionamento geral em campo. Sua defesa ainda não inspira total confiança, mas a movimentação para cobertura, principalmente pelo lado direito, melhorou. Do meio para frente, as individualidades começam a se entrosar, com Di Maria, Tevez e Higuain rendendo melhor do que na estreia. Continua faltando um pouco de força física no centro do ataque, para aliar-se à movimentação cerebral do craque Messi. Mas ainda falta bastante para que Maradona esteja certo ao afirmar que a Argentina foi à África do Sul para ser campeã.
Chamei a atenção, na sua estreia, que via no México uma seleção com potencial para surpreender aos menos avisados. Com atacantes de muito boa qualidade e um sistema de jogo bem atual, os mexicanos podem conquistar uma vaga para as oitavas, com um simples empate diante dos uruguaios, na última rodada da fase de grupos. Aliás, um empate classifica as duas seleções e já vimos este filme antes, lembram?
O México jogou no sistema 4-3-3, usado como modelo na maioria das equipes europeias, e também se preparou muito bem, durante um período maior do que a maioria das seleções – já que durante a Libertadores, as equipes foram obrigadas a liberar os seus jogadores convocados para a seleção.
A vitória incontestável dos mexicanos não esconde o fraquíssimo desempenho da França, até este momento. Repete até aqui, por incrível que pareça, o vexame da Copa de 2002, quando ficou fora na primeira fase, sem sequer marcar um gol.
Jogar mal faz parte da vida de qualquer equipe, mas o agravante nesta seleção francesa é que ela não transmite, em nenhum momento, qualquer indício de garra ou espírito de equipe.
A Copa que iniciou devagar durante as estreias das seleções – com índices muito ruins, se comparados com os de outros mundiais – vem mostrando melhora nas partidas disputadas no início da segunda rodada. Esta melhora é normal e tem a ver com uma melhor ambientação e com a diminuição da tensão da estreia. Bom para o futebol.
Voltaremos a ver nesta sexta-feira a Alemanha, que foi a seleção que apresentou o melhor futebol entre todas as seleções até aqui. Tenho certeza de que vamos ver mais jogos de alto nível com a sequência da competição e minha certeza se baseia na característica decisiva que acompanhará as partidas a partir de agora.
O caminho de uma conquista começa a se desenhar desde cedo e para nós brasileiros, esta possível eliminação da França, convenhamos, é um bom sinal.
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