O futebol dominical da Copa esteve fraco inicialmente com Eslovênia 1 x 0 Argélia, melhorou um pouco com Sérvia 0 x 1 Gana, mas esquentou mesmo com Alemanha 4 x 0 Austrália.
Nos dois primeiros jogos aconteceram muitos erros técnicos, o que deixa bem claro as dificuldades com a bola. O comportamento da tão falada Jabulani se assemelha ao de quando está sob o efeito da altitude, que estamos acostumados a ver em alguns jogos das eliminatórias sul-americanas ou na Copa Libertadores. Quase sempre em lançamentos longos, principalmente pelo ar, a bola adquire uma velocidade maior, ainda não assimilada pelos jogadores.
Felizmente, o futebol de alto nível apareceu no terceiro jogo do dia e ficou por conta da Alemanha. Nos números finais de posse de bola e conclusões, a Austrália não ficou muito distante – o que valoriza a vitória e principalmente a goleada de 4 a 0 construída pelos alemães.
A Alemanha jogou basicamente no 4-4-1-1 com os volantes Schweinsteiger e Khedira na linha defensiva, os meias Podolski e Müller trabalhando verticalmente em velocidade, com Özil aproximando de Klose. Foi o melhor futebol jogado até agora. Os alemães estão na briga.
A Holanda vai estrear amanhã contra a Dinamarca e a expectativa é de que teremos um jogo de alta qualidade técnica. Pelo lado dos dinamarqueses, mantem-se intacta a característica, porém, será representada por nomes menos expressivos que costumávamos ver com Laudrup & Cia.
Quanto aos holandeses, trazem para esta Copa uma repetição de seus melhores momentos. Sua seleção está invicta a quase vinte partidas e vem jogando junto com Espanha e Brasil, o melhor futebol do período de preparação. Provavelmente, jogará no sistema 4-2-3-1, com Sneijder posicionado no centro da linha de três, armando as principais jogadas para Van Persie, que se movimentará em diagonais rápidas. A chegada dos dois homens dos lados serão ofensivos, como prega a sua tradicional escola de futebol e são favoritos para conquistar a vitória.
Também teremos outra estreia de sul-americano. O Paraguai, dirigido pelo meu amigo Gerardo Martino, liderou boa parta da eliminatória e foi superado só no final. Perdeu uma de suas referências, Cabañas, por fatalidade, mas convocou o argentino naturalizado paraguaio, Lucas Barrios, que chamou a atenção no Colo-Colo e agora na Europa vem confirmando o seu futebol. Acompanhado por Cardozo, Roque Santa Cruz e Valdez, podem afastar o tormento dos paraguaios quanto a sua tradicional falta de ofensividade.
Seu adversário é nada mais, nada menos que a última campeã do mundo, a Itália. Dispensa comentários, embora não esteja fazendo bons jogos.
Vamos assistir amanhã? Depois leia o post e em seguida envie seu comentário com uma educada opinião. Vamos respeitá-la com certeza.
