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Mano encerra ciclo de 951 dias e três títulos
O treinador se despede do Olímpico na partida contra o Corinthians no domingo

A Era Mano Menezes no Grêmio acabou ontem, ao meio-dia em ponto. Em entrevista coletiva na presidência, o técnico anunciou sua saída do clube depois de 951 dias. No domingo, ele ainda comanda o time contra o Corinthians. Depois, passa a estudar propostas do Exterior.

Representante de Mano, o empresário Carlos Leite revelou ofertas de clubes árabes e sondagens da Europa. Em Belo Horizonte, crescem os rumores de que o técnico se acertará com o Cruzeiro, cujo atual treinador, Dorival Jr., está nos planos do Grêmio.

Calçando chinelo de couro marrom, Mano pareceu à vontade na entrevista no gabinente do presidente Paulo Odone. Apenas na véspera, afirmou, havia se convencido do "final de seu ciclo no clube", após mais de dois anos e sete meses de trabalho. "Por respeito ao Grêmio", disse que não falará do futuro até domingo.

— Depois de muito tempo, a única comparação é com o seu próprio trabalho. Sempre é preciso fazer mais — justificou.

Sem querer conferir uma nota ao seu trabalho, Mano citou a Batalha dos Aflitos, partida que marcou a volta do Grêmio à Série A, como "momento mais grandioso, um jogo que jamais se repetirá na história do futebol mundial".

O técnico se orgulhou, também, do vice da Libertadores e dos dois títulos gaúchos - o primeiro conquistado no ano em que o Inter se sagrou campeão mundial. Lembrou, com ironia, que o Gauchão já havia sido classificado como "cafezinho" — em 1995, pelo então presidente gremista, Fábio Koff.

Depois de quase três anos de convivência, Mano garante que não sai desgastado com os jogadores, nem com a direção. Certo de que sentirá saudades do Olímpico, percorreu pela última vez os corredores da ala presidencial.

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Fonte: Zero Hora
Data de publicação: 29/11/2007


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